O investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 119,6 milhões de euros, no primeiro trimestre do ano passado.
O investimento captado através dos vistos gold cresceu 2,1% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 122,2 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos dados corrigidos do SEF.
No primeiro trimestre do ano passado, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 119,6 milhões de euros. Em março deste ano, o investimento totalizou 36.758.269,30 euros, mais 31,5% do que em igual mês de 2020, mas menos 29,8% face a fevereiro (52,3 milhões de euros).
De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 73 vistos gold, dos quais 64 por via do critério da compra de bens imóveis (25 para reabilitação urbana) e nove por transferência de capitais. Mais uma vez não foi atribuído qualquer visto pelo critério de criação de postos de trabalho.
A compra de bens imóveis somou um investimento de 31,3 milhões de euros, dos quais 8,7 milhões de euros em aquisição para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capital foi responsável por 5,4 milhões de euros.
Por países, foram concedidos 27 vistos ‘dourados’ à China, seis ao Brasil, cinco aos Estados Unidos, cinco à Turquia e quatro ao Paquistão. Nos primeiros três meses do ano foram atribuídos 228 vistos dourados, dos quais 55 em janeiro e 100 em fevereiro.
O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até março último — em termos acumulados — um investimento 5.761.184.542,33 euros.
Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de mais de oito anos de programa soma 5.208.795.293,69 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 297.622.790,99 euros. O investimento resultante da transferência de capitais soma 552.389.248,64 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.617 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 228 em 2021.
Até março último foram atribuídos 9.034 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 826 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 566 e sobe para 17 a ARI obtida por criação de postos de trabalho.
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.864), seguida do Brasil (1.007), Turquia (461), África do Sul (398) e Rússia (368). Desde o início do programa foram atribuídas 16.372 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 322 este ano.